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Mostrando postagens de dezembro, 2016

A Deusa

Eu passei pela porta, escolhi uma das raias e fiquei de pé, na frente dela. Joguei meus óculos na piscina e comecei a me alongar brevemente. Percebi, então, dois pares de olhos logo à minha esquerda, mais abaixo. Eu olhei. Eles congelaram. Eram dois rapazotes, de seus 17 ou 18 anos, provavelmente fazendo uma aula teste na piscina, e dividiam a mesma raia. Eles me olhavam estarrecidos. Eu, de pé, acima deles, os choquei.  O olhar deles, estarrecido, sem palavras, me alimentou, e eu cresci. Tinha meus 1,70m. Depois, 2m, 3, 4, 5, 6 metros de altura. Me tornei imponente. Minha forma física e aura tomaram conta da atenção deles de forma que nenhum outro som era ouvido senão o de admiração deles. Uma admiração sem entendimento. Eles me olhavam sem saber o por quê. Era a Deusa que se mostrava por mim. Quebrei o brilho que me rodeava e mergulhei, nadando como eles nunca viram outra humana nadar. Ficaram completamente estancados, embasbacados.  Eu fui Igraine, Morgause e Morgaine