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Mostrando postagens de abril, 2017

Outra vez.

Mais uma vez, a morte me pega de sopetão. Numa sexta à noite, quando tudo ia bem, a morte veio pelo telefone, nos deprimir, nos revirar. "Infelizmente, ela não aguentou", foi a mensagem passada. Muita correria, meus pais viajaram na madrugada com meus avós para chegarem até meu tio, lá no Sul. E estamos nos falando por whatsapp por enquanto. Minha mãe diz que está tudo até que bem, sem muito choro... Mais de vinte anos, fazia, que ela teimava com o câncer em deixá-la por aqui mais um pouco. "Foi melhor assim pra ela", a gente tenta se consolar... Foi? Será? É engraçado como a gente tenta achar meios de aliviar a dor. Eu sei, tia, que a gente não se via há um tempão. Mas sei também que o amor era puro. Assim como meus cachos sempre nascem loiros e o seu cabelo sempre nascia tão preto e forte, como você sempre brincava. Isso ai. Outra vez você vem mostrar seus caninos e me derrubar.  Parabéns, você não erra nunca, desgraçada. Espero que um dia se depare