Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Testosterona versus razão

Semi.

Ele recostava-se ao balcão, com uma cerveja em mãos, olhando o mundo do topo, já que era suficientemente alto para tanto. Não movia-se muito, só analisava as mortais que dançavam. Flitching glimpse . Uma semi -deusa à sua esquerda. Ele, sem perder a compostura, encarou-a passando logo à frente. Ela era mais baixa que ele, tinha os ombros e as pernas, voluptuosos, à mostra, convidativos. Seus olhos a percorreram de cima a baixo. Ela percebeu, mas não mostrou qualquer reação , a não ser esbarrar nele de modo fingidamente ocasional, fazendo os corpos se tocarem por milésimos, faiscando. Ele a seguiu com os olhos até ela sumir na multidão. Balançou a cabeça de leve, recuperando-se, voltando a seu patamar. Entretanto, nenhuma outra dali era tão interessante quanto aquela. É claro, porém, que suas expressões não demonstravam nem vislumbres do conflito interno. Foi quando, de súbito, ela voltou e se postou à sua frente, muito próxima, furiosa. Eles sustentaram um olhar flamejante, sangue e f...

Listras.

Uma longa fila esperava de pé no corredor do avião para o desembarque, preguiçosa. De um dos lados da barreira de pessoas cansadas da viagem, uma moça, só, com pernas compridas e morenas, torneadas em shorts listrados e curtos, pés em chinelos, torso em camiseta lisa preta e olhos em delineador preto. Do outro lado, um rapaz alto, de pernas em jeans , tórax em camiseta cinza, cabelos em tons louros e maxilar em barba rala. Ele, porém, não estava só. Sua namorada, presa num corpo insípido e quebradiço, sentava a uma das poltronas, insossa. Por cima do corpo daquele peso morto, ele encarava a moça do outro lado da barreira, infiel em pensamento, com olhos duros. Ela levantou os seus azuis aos verdes dele e sustentou o olhar, provocativa e orgulhosa. Ele olhou bem para a moça escorregadia e sem vida abaixo e, sem titubear, passou por cima de suas pernas, empurrou as pessoas que formavam a fila e a barreira que o separava daquelas pernas escandalosas, causando certa balbúrdia. Ela não par...

Verde, Vermelho, Preto.

Verde. Vermelho. Preto. Verde. Vermelho. Preto. A sequência das luzes coloridas se repetia, se alternava e se misturava freneticamente, às batidas da música ensurdecedora que fazia o chão da casa vibrar. A moça tinha as voluptuosas pernas de fora, numa saia curta, e as costas à mostra, numa blusa propositadamente rasgada. Balançava o corpo, dando ombradas brutas e cabeçadas violentas nas ondas de som, atingindo-as com força ao mesmo tempo em que as usava para embalar os membros de maneira graciosa. Os olhos iam fechados, orgulhosos demais para encarar qualquer um. Os cabelos iam soltos e bagunçados, sendo revirados a cada movimento de cabeça. As mãos, aneladas. De longe, ele, com os olhos, lhe ateava fogo, a via queimar sem piedade, em chamas altas. Tomava os últimos goles da vodka pura e sentia a garganta arder em fogo, bem como ela ardia. Passou a mão pelos negros e espessos cabelos e tomou passadas largas, decididas, imponentes. Ela sentiu uma presença intimidadora se aproximando e ...

Escorrendo.

Andreas puxou os curtos cabelos da moça, fazendo-a envergar a cabeça para trás. Ela gemeu. Ele grudou o corpo no dela, lambendo-lhe o pescoço de baixo a cima, de olhos bem abertos. Ela sorria com a dor, divertida. As mãos corriam pelos corpos despidos, gélidos e ardentes, lisos, acidamente adocicados, alcançando tudo o que viam pela frente. Tocando e arranhando. Xingamentos e maus nomes ecoavam pela derme de ambos, oleosas. O rapaz, sorrateiro, arreganhou o maxilar e fincou os dentes pontiagudos no ombro esquerdo dela, ao pé de seu pescoço. O sangue escorreu frenético e quente. Pastoso, de dar água na boca. Ele sugou com força e desejo, enquanto ainda a possuía carnalmente. A língua dele crescia de acordo com sua vontade, exponencial. Seu pescoço se banhava no sangue dela, bem como seu queixo e as pontas de sua crina. Seus olhos eram escuros e de cílios curtos. Ela não conseguiu expelir um grito sequer, mas pelo menos aproveitou seus últimos momentos com enorme prazer sanguíneo, hemáti...

Avidez turquesa.

Na fila, ainda escolhendo o filme, ao lado de sua namorada, ele a viu. Lá, ao longe. Ela estava numa outra fila, ao lado duma garota menor muito parecida consigo mesma. Vestia jeans, chinelos e uma camiseta verde com os dizeres "My boyfriend is out of town". Tinha o cabelo meio desgrenhado preso numa trança e uns olhos azuis faiscantes que se viam de longe. Ela estava tão... - Amor!! - sua namorada esganiçou a voz, indicando o guichê vazio. Os pensamentos se foram. Comprou dois ingressos para a próxima sessão. Entrou na sala de cinema. Caminhava tranquilamente de mãos dadas com seu compromisso pelo corredor já escuro. Repentinamente, ela reapareceu em sua frente. Uns dez centímetros mais baixa, com toda aquela sua natureza despreocupada que a fazia tão interessante e aquele seu perfume que nenhum frasco podia conter. Teve dificuldade em segurar o forte impulso de abraçá-la pela cintura. Ademais, os ávidos olhos azuis que nem por um segundo tocaram seu corpo o ajudaram a conte...

Tatuagem dela.

Vinte para as quatro. Duas horas e vinte antes de ir embora. Era sábado, dia de maior movimento na livraria. Ele próprio já havia atendido uns bons dezessete clientes, interessados nos mais diversos gêneros literários. Sua cabeça doía, já não aguentava mais olhar para a tela daquele computador. Numa de suas checadas na estante de literatura estrangeira, sua predileta, viu uma figura que lhe prendeu a atenção. Era uma garota de quase vinte anos, que passava os dedos nos livros, lendo e absorvendo os títulos com as próprias falanges. Ela tinha o cabelo graciosamente desarrumado, num tom de castanho claro. Tinha traços marcantes, a exemplo de um maxilar bem delineado e sobrancelhas curvas. Os cílios eram longos e charmosos. Os olhos, maciamente azuis. Os lábios tinham um toque de palidez vermelha que os avolumavam. Não prestou atenção nas vestes dela, o que mais lhe interessava era o semblante e as mãos da moça. Eles eram tão contraditórios. A face exibia mistério e concentração, talvez a...

Easy times.

Estava recostado à parede externa do barzinho, já que não era mais permitido fumar lá dentro. Tinha o cabelo escuro cortado irregularmente meio bagunçado, a mão esquerda no bolso dos jeans e a direita segurando aquele pequeno palito vicioso. Seus olhos vagavam pela rua, vazios de sentimento, mas cheios do constante castanho. A camisa listrada de amarelo e branco estava aberta até o quarto botão, deixando à mostra a camiseta lisa branca que vestia por baixo. A música que vinha lá de dentro era contagiante, e ele podia mentalizar, ou quem sabe até mesmo ouvir, seus amigos entornando as canecas de cerveja e rindo alto. O celular vibrou no bolso de trás da calça. Colocou o cigarro na boca e deu uma tragada enquanto pegava o pequeno e moderno telefone protátil que tinha na tela o aviso de "1 nova mensagem de texto". Apertou a tecla que indicava "ler". A mensagem era: E aí gato? Q vai fazer amanhã? Sdds! Mi liga. Bjs! *; Fechou o celular e o colocou de volto no bolso, log...

E se fosse?

O sofá estava apinhado. Os homens, todos uns brutamontes, amontoavam-se para assistir àquele finalzinho de tempo da partida de rugby. Todos ali, o mesmo grupo do ginásio e do colegial. O mesmo da faculdade. O mesmo de anos e mais anos. Alguns torciam para o time de verde, os outros, para o de vermelho. Apesar dos socos, gritos e movimentos bruscos, as canecas não derramavam nem um pouco de cerveja. No sofá, que tinha lugar para apenas três, da esquerda para direita, estavam Roberto, Júlio, Dênis, Álvaro e Paolo, o dono da casa, sentado no braço do acolchoado. Intervalo. Depois de alguns suspiros, goles e pigarreadas, Álvaro deu início à pior parte daqueles encontros: - E aí, Beto, como é que o tá o Renanzinho? Os outros inspiraram fundo e tentaram transmitir calma e força ao amigo. - Ele tá... desanimado. A Thalissa também, é claro... É tudo tão...difícil. Esse câncer nos deixa apavorados, sabem? Nós não sabemos até quando...até quando... - cerrou os dentes e se concentrou para termina...

D.R. (Discussão de relação)

- Não, você não entende... - Claro que entendo! Você está simplesmente dizendo que pra você é pior do que pra mim. - Não, estou tentando ser compreensiva... - Não tá, não! Eu sei que é só mais um daqueles seus joguinhos psicológicos! - Tá! Tudo bem! Você que ganhou! O que você quer ouvir, meu Deus?! Que eu discordo de você? Que eu acho que pra mim dói bem mais? - Não, porque você sabe que é pior pra mim. Muito pior... - Ah, por que você não vai se ferrar, hein? Que coisa mais idiota... - Não, não é. Você sabe o que significa a palavra dor?! - S... - ela começou, mas foi logo interrompida por um jato de palavras saídas da boca dele. - Claro que não sabe! Você nunca, nunca, nunca - e enfatizou esta última - vai sentir o que eu sinto quando me machucam! - Felizmente... - ela falou para si mesma, mas ele acabou por ouvir e se ofender ainda mais. - Como você é insensível! - Tá vendo? É por isso que você sofre mais! Porque você se deixa tomar pela dor muito mais facilmente que eu. Como acha ...

Homens...

- Dá pra decidir? - Você acha que é fácil assim?! - Não, não acho, tenho certeza. Eu já me decidi há séculos! - Mentirosa! - O quê?! - os olhos faiscaram. -Nada - engoliu em seco. - Medroso. - Só quis dizer que sua decisão foi tomada apenas a alguns minutos atrás, não a séculos - num volume bem mais baixo. Calou-se. - Amor? - Que foi?! - Por que parou de falar? - Pra ver se você se decide logo! - Droga! Isso é muito difícil pra mim. - Ai, vocês... - Nós? Nós quem? - Vocês, homens! - Ai, que susto, achei que tinha mais de um... - Pelo amor de Deus! Você bebeu hoje? Risadas. - Tô falando sério! - Claro que não, né? - Sei lá... Silêncio. - Decidiu? - Ai, ainda não, bebê! - Não é tão difícil! Ou é isso ou é aquilo, ponto. - Mas eu tenho mais de duas opções... - Quer que eu escolha pra você? - Não, não, isso não! Você vai ser má. - Então vai logo, não tenho o dia todo! - Você sabe como é sempre difícil, pra mim, tomar decisões desse tipo. Finalmente uma terceira pessoa interferiu: - Pelo am...

Menina Moça

Dá um pause rapidinho na playlist ali do lado pra poder ouvir isso aqui junto, tá? Se preferir, ouve antes prestando atenção e depois lê. Caso ainda não conheça a música, acho que isso é o melhor a fazer. Móveis Coloniais de Acajú - Menina Moça src="http://www.mp3tube.net/play.swf?id=0b3e3fba4c5ecb9e1ba01ba47126144b" quality="High" width="260" height="60" name="mp3tube" align="middle" allowScriptAccess="sameDomain" type="application/x-shockwave-flash" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" wmode="transparent" menu="false" Assim que sua companhia foi embora, outra pessoa se aproximou: - Você já achou a saída? - Ainda não, esse labirinto é impossível! - É! Que ódio... - Nossa, não fala isso... Ódio é um sentimento muito forte... Percebeu que já tinham saído da sala de estar e estavam correndo pelo labirinto da fase final do Torneio Tribruxo . Enfim pararam, co...

First Time II: I'm sure you're the right one.

*PepperAnn's Note: Eu sei,fiquei 3 séculos sem postar aqui.Mas olha só,lhes dei tempo o suficiente para prestigiarem minha amada Natália,que escreve dez vezes melhor do que eu e não fica só pensando,é muito mais eficiente(Natá,só pra você saber,sinto um orgulho enorme de você). Mas como eu acho que seria legal postar,vou dar um presentinho a vocês.Os dois textos que vou postar hoje(ou talvez só poste um) são continuações de outros que já postei aqui antes.I hope you enjoy it. (:* Este texto começa da mesma forma que o outro,só tem um final diferente. -Pára.-ela o repreendeu,ofegando. Ele parou as mãos no fecho do sutiã dela,desgrudou a boca de seu pescoço e a olhou surpreso. -Por quê?-ele perguntou. -Porque...Eu acho que ainda não estou pronta.-ela murmurou,ruborizada, começando a desvencilhar uma de suas pernas dos quadris dele,que estava sentado e a impediu de sair de seu colo puxando-a para si pela cintura e fixando ainda mais o seu olhar verde brilhante no dela. -Mas por que nó...

Frappuccino Premiado

Imagem
Lillix - Doughnut Atravessou a rua e entrou na Alameda Campinas,apressada,deixando os saltos estalarem sobre a calçada.Abriu a bolsa Kate Spade comprada em Nova Iorque e retirou o celular de novíssima geração(da semana passada).Apertou um botãozinho, e pronunciou o nome do namorado,Fillipe,e mais algumas instruções fazendo com que o aparelho emitisse um bip e chamasse o número indicado.Tropeçou e quase caiu ao prender o salto esquerdo em uma fenda entre os paralelepípedos e xingou-os até não ter mais palavrões de fácil acesso em seu reservatório. Clique!O rapaz atendeu enquanto ela checava o salto danado: -Sim? -E aí,Gato? -Oi,Sofia...Gata!Escuta,não posso falar agora. -Por quê? -Ahn...Porque...Porque tenho uma reunião importantíssima agora,estou entrando na sala. -Hum,certo. Ela percebeu uma voz feminina ao fundo do outro lado da linha e perguntou: -Quem tá aí com você? -Ahn...Ninguém. -Tem uma mulher aí. -Ah,sim!Ahn,claro...Quero dizer,foi a Priscila,a secretária,que entrou aqui e me...

Tesão Mais Álcool Igual A Cura Milagrosa.

Timbaland & One Republic - Apologize /embed> src="http://www.mp3tube.net/play.swf?id=b5c656cf8d8a4ff0d78b5341fc6b812c" quality="High" width="260" height="60" name="mp3tube" align="middle" allowScriptAccess="sameDomain" type="application/x-shockwave-flash" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" wmode="transparent" menu="false" Roberta caminhava com as mãos nos bolsos do sobretudo, rumando em direção ao parque. Ao chegar no local desejado, avistou de longe Thiago, sentado num dos bancos, a propósito, no banco em que deram um de seus primeiros beijos. A garota aproximou-se do namorado que, por sua vez, levantou-se, postando-se de pé, recebendo-a com um abraço e um beijo, dos quais ela tratou de se esquivar rapidamente. Sabia que algo não ia bem, ele nunca pedia que se encontrassem com tanto fervor se algo não estivesse fora do lugar. A morena limitou-se a...

Desperdício de pele.

Shiny Toy guns - Le Disko src="http://www.mp3tube.net/play.swf?id=2479334e9a96cbef0d673aa7f22ef672" quality="High" width="260" height="60" name="mp3tube" align="middle" allowScriptAccess="sameDomain" type="application/x-shockwave-flash" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" wmode="transparent" menu="false" Andava com a cabeça erguida e com os braços soltos, balançando como bem queriam. Os cabelos estavam presos à metade, deixando a parte de cima presa e a de baixo, solta e graciosamente encaracolada. O vestido acima dos joelhos, de alsas largas, de cor laranja e que permitia ao biquíni aparecer parcialmente, delineava-lhe o corpo de maneira atrativa. Os chinelos que calçava eram de um modelo diferente do usual e tinham a cor verde claro. Os brincos eram de tamanho mediano e o colar com um pingente de dragão enfeitava-lhe o colo. Tinha um sorriso estampado ...