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Mostrando postagens de fevereiro, 2009

Vai, vida, mas não esquece de voltar depois.

Acho divertido pensar que ainda hoje de manhã eu estava com bolhas e vergões espalhados por todo o meu corpo enquanto tomava injeções, soro e me apaixonava pelo médico; e mais tarde já estava super bem, fantasiando a noite do dia sete de março, me olhando no espelho da loja com o vestido verde de vampira (segundo Fefê). E é desse balanço, desse vai-e-vem, dessas ondas, desse oceano da vida que eu gosto. Natália Albertini.

Pra ninguém ler.

Esse calor infernal que envolve e sufoca meus pensamentos como um abraço de urso ás vezes me irrita. E não sei se o mais irritante é o calor ou meus pensamentos, ou se simplesmente é a combinação desses dois elementos desgraçadamente persistentes. É só que um cansaço tão grande me abateu hoje. Não, óbvio que eu não estampei isso no rosto pra todo mundo vir me perguntar o que eu tinha. Dei risada como sempre dou, sorri como sempre sorrio, abracei como sempre abraço, andei como sempre ando, engoli como sempre engulo, assim, empurrando, escondendo até de mim aquilo que talvez não seja muito agradável de se descobrir. Se ainda fosse um nome só que me confundisse. Mas acho que são até dois (ou mais?) que estão me perseguindo por esses dias. E não o fazem por eu suspirar por eles muitas vezes, não, é exatamente pelo contrário. É exatamente por eu não fazer isso. É, mundo. É, blog. É, olhos curiosos e pacientes que leem [sem acento, de acordo com a nova (estúpida) regra gramatical], é isso. É

Mãos no bolso.

A aula passava de maneira até rápida, mas não saía de sua cabeça a incerteza. Dali a algum tempo estaria voltando pra casa, sem notícias dele por sabia-se lá quanto tempo mais... O professor de cabelos grisalhos terminava de colocar na lousa a fórmula Q=n.e, quando algo lhe chamou a anteção a seu lado direito. Ao olhar para o professor e ver que este já virava a cabeça em direção às duas figuras, fez o mesmo. Seu coração tropeçou, pulsando uma vez mais forte e demorando um pouco a retomar a frequência usual. Seus olhos não se encheram de lágrimas porque a pressão que ela fazia contra o maxilar era ainda maior que a vontade de expurgar aquelas ondas salgadas. Encostado no batente da porta, estava ele. Com os ombros meio caídos, as mãos metidas nos bolsos da calça jeans, o cabelo recentemente cortado, a camiseta, sabia ela, mesmo sem ver, esticada nas costas e o pé esquerdo cruzado sobre o direito, ele já tinha os grandes, escuros e profundos olhos fixados nela, e ela sabia que os dele a

Behavior.

Meu comportamento tem estado um tanto quanto diferente nos últimos dias. Não que seja algo perceptível, imagino. Acho que é algo que somente eu mesma posso notar. O motivo disso só eu e mais duas ou três pessoas sabem, mas superficialmente. É, nem eu sei de verdade porque eu quero tanto que essa tal coisa aconteça, que esse pedido se realize da melhor maneira possível. Acredito que tudo tem seu tempo. Tá, tá, super clichê, mas realmente acredito que, se certas coisas acontecem, era porque elas tinham de acontecer, e, se não acontecem, é porque não tinham de acontecer. E eu até que aceito isso muito bem. Claro que, em casos extremos, todo mundo se desequilibra um pouco, mas anyway... Em relação a esse meu pequeno conflito, vou aceitar caso não aconteça, mas eu quero muitíssimo que dê certo. Se der...Deusa, ficaria tão feliz, mesmo que acabasse em dois segundos. Ai, se só querer já fosse andar o caminho inteiro... Natália Albertini.

Ondas.

Em intervalos irregulares e desesperadoramente curtos, essa água salgada se acha no direito de pular dos meus olhos. Mas, pelo menos por hoje, nem que eu tenha que esmigalhar meu maxilar de tanto mordê-lo, vou tentar fazer com que esse mar fique dentro de mim. O pior de tudo é não ver motivo aparente pra todo esse escândalo. At these points, I even wish I had another kind of shoulder to cry over...Anyway, it just...doesn't matter. Natália Albertini.