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Mostrando postagens de junho, 2012

Colorido.

O cômodo silenciava, escuro. Nenhum aparelho ligado, nem emitindo som algum. Flashes da noite viscosa e vermelha. Preto. Verde. Roxo. Vermelho. E mais vermelho. E ainda mais vermelho. O visco daqueles pescoços latentes era provocativo demais. Ela sabia que deveria parar, mas era incapaz. Se esguiava pela pista de cança pelas sombras, deixando somente alguns trechos daqueles focos coloridos de luz lhe tocarem, no máximo, o braço. Voltou a si. As pernas iam cruzadas no chão, os braços, atrás do corpo, dando suporte a toda sua gula. Sentiu uma gota do seu próprio visco avermelhado pingar em seu peito nu. Olhou pra baixo, observou-o escorrer. O que antes era apetite, agora transformara-se na consciência do abuso. Não deveria ter tomado tanto... Mais uma gota pingando. E outra no colo esbranquiçado e estufado. Encarou seu reflexo no vidro logo à frente. Sua face pálida, seus olhos fundos. Seus lábios gelados. Sangue escorria pelo meio deles. Muito sangue. Todo o san

Soulsick

In spite of it all, I'm still soulsick. Yeah, have you heard of it? Oh, it is terrible. It eats me alive.  And I've heard it won't heal. Not even with time. Joy has slowly come back to me, found some abandoned rooms to live in. It brings me to life in most of the days. But then there are these dark, cold and rainy days, when world seems to be just a big old monster that makes you shiver with every step it gives. Part of my soul is as black as night, as cold as winter and as dead as a corpse. Nope, na-na-no. It is not dead. Oh, no, my friend, it is alive.  By a thin line, but it is alive, because it still hurts. And the pain gets bigger than any room full of joy i may have rented. I see world in blue, green, yellow, pink, purple, red, and then... Colors start to fade, then it's all gray and dark again, then my feet lose ground and my head loses me. Then I'm a hurt creature, screaming and moaning in deep agony. My screams could scare little children.  Oh, da