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Mostrando postagens de agosto, 2008

Açúcar Refinado.

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As persianas balançavam levemente e batiam de maneira cautelosa contra o vidro da janela. Havia uma razoável claridade banhando o quarto, mas nada em exagero. O silêncio na casa era grande, uma vez que o almoço um tanto quanto pesado colaborou com o hábito de dormir da família dele. A refeição tinha sido uma delícia, muita variedade e um ótimo tempero. Mas, ainda assim, o que mais a alegrava não era a refeição e sim o fato de estar namorando aquele menino havia alguns anos e de que a cada ano eles melhoravam, amadureciam e cresciam juntos. A simpatia de toda a família dele por ela a enchia de satisfação e gratidão. Quando menor, sempre imaginava se algum dia teria um namorado que valesse a pena, que conhecesse toda a família dela e ela, a sua; que tivesse uma relação madura etc. E nessas ocasiões, percebia que sonhos viram, sim, realidade. A satisfação de ter realizado aquele desejo era imensa, mal podia ser compreendida pela menina. Entretanto, havia uma felicidade e uma satisfação a

Luz

- Por favor, não me deixa. Não agora. - Se fosse em qualquer outro momento, eu poderia? - Não. Não... Não me deixa, não me deixa. - Não posso mais olhar para você. - Pelo amor de Deus! Claro que pode! Olha, eu estou bem aqui! - Você está sumindo da minha vida. - Por Deus, não me deixa! Fala comigo! Fica aqui! Não me deixa! - Não tenho mais forças... - Oh, Deus, oh, Deus, Deus, Deus! - Não me acompanha, os... A carne amoleceu-se, o plasma esfriou e as duas últimas borboletas se libertaram. E aos fundos podia-se ouvir alguém gritando "chamem uma ambulância!". Não sabiam ao certo se era uma ou duas vidas em questão. Um curtinha pra vocês, Natália Albertini.