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Mostrando postagens de setembro, 2012

Cabana.

O sol matinal se espreguiçava pelo chão do cômodo. O sofá-cama jazia quieto, sob o ventilador que rodava lânguido. Ele dormia calmo, uma coberta fina sobre o corpo, e um semblante de quem sonhava longe dali. E em paz. Já batiam quase nove horas. Me aproximei e sussurrei bem baixinho que acordasse, a manhã já batia à janela. Meus cachos se estenderam por cima de sua cabeça, imergindo-nos naquele local secreto que só nós dois poderíamos ver. Beijei a pintinha em sua pálpebra direita, ainda fechada e sonolenta. Ele se alongou devagar e demorou a abrir os olhos, mas quando os abriu, fixou-os logo em mim. Eu não podia fazer menos que abrir um sorriso que pudesse abraçá-lo por inteiro. Ele, ainda meio sonhando, me agarrou a mão esquerda e a pôs debaixo de seu travesseiro, como para que não fugisse. Em pensamento, disse que não. Não vou fugir. Da sua, Natália Albertini.