Eu não demoro.
Sentou-se no banco frio de pedra escura com os dois pés no chão e os joelhos flexionados. Com a mão esquerda tirou o velho chapéu marrom que tinha o mesmo tom da calça e era um pouco mais escuro que a camisa. Após ter deixado o acessório a seu lado no banco, passou a mesma mão pelo cabelo, ajeitando os fios que, apesar de terem sido fixados com gel, haviam levantado. Seu cabelo era grisalho e liso, sempre penteado para trás, longo apenas o suficiente para alcançar-lhe a nuca. A grama, que, a propósito, era mais verde ali que em qualquer outra parte do grande espaço, podia sentir o cuidadoso toque do solado do sapato marrom escuro do ancião. A grande árvore que envolvia aquela pequena região em sombra era capaz de sentir o sutil cheiro de muito escasso suor que brotava na raiz do algodão. O homem não suava de calor, mas, sim, de nervoso. Apesar de tantos anos juntos, sempre ficava apreensivo quando ia falar com a mulher. Suspirou de forma completamente profunda e passou as mãos pela...