Açúcar Refinado.
As persianas balançavam levemente e batiam de maneira cautelosa contra o vidro da janela. Havia uma razoável claridade banhando o quarto, mas nada em exagero. O silêncio na casa era grande, uma vez que o almoço um tanto quanto pesado colaborou com o hábito de dormir da família dele. A refeição tinha sido uma delícia, muita variedade e um ótimo tempero. Mas, ainda assim, o que mais a alegrava não era a refeição e sim o fato de estar namorando aquele menino havia alguns anos e de que a cada ano eles melhoravam, amadureciam e cresciam juntos. A simpatia de toda a família dele por ela a enchia de satisfação e gratidão. Quando menor, sempre imaginava se algum dia teria um namorado que valesse a pena, que conhecesse toda a família dela e ela, a sua; que tivesse uma relação madura etc. E nessas ocasiões, percebia que sonhos viram, sim, realidade. A satisfação de ter realizado aquele desejo era imensa, mal podia ser compreendida pela menina. Entretanto, havia uma felicidade e uma satisfação a...