Açúcar Refinado.
Enquanto perdia-se em reflexões e gratidão, ele respirou mais fundo e a abraçou inconscientemente, ainda dormindo, como que adivinhando-lhe os pensamentos. Ela não conseguiu evitar o sorriso que veio á tona. Respirou profundamente e, a partir daí, sua respiração entrou no mesmo ritmo da respiração dele, como sempre acontecia quando estavam em perfeita harmonia. Ah, Deus, como era bom ter aquele menino com ela. Como ela queria eternizar aquele momento. Como ele conseguia fazê-la ter a absoluta certeza de que o sentimento era recíproco? Ele era mágico, só podia ser isso...
- Não consegue dormir, meu amor?
Ela sobressaltou-se, não esperava ouvir a voz dele. Entretanto, voltou a sorrir, sentindo ainda mais aquela sensação de bem estar percorrer seu corpo todo.
- Achei que você estivesse dormindo.
- Eu não estou?
- Uhn?
- É que toda vez que me dou por conta que você está do meu lado, demoro a acreditar que é realidade, não um sonho.
Ela não teve outra reação senão a de expulsar sal e água pelos olhos, virar o corpo e beijar-lhe a ponta do nariz.
- Dorme...
- Tá.
Só depois de alguns segundos de silêncio a voz dele ressoou novamente e, daquela vez, pela última vez nas próximas quatro horas:
- Eu te amo.
A língua da garota enrolou-se, a garganta apertou e as borboletas eriçaram-se em seu estômago quando ela respondeu com a maior sinceridade do mundo que também o amava. E, desta vez, a água não era só salgada. Na verdade, tinham muito mais gosto de marshmallow do que de carne assada.
Ps.: obrigada pela foto, Má e Fê. Adoro vocês e desejo tudo de bom. Beijo enorme.
Natália Albertini.
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