Costas.
Seu próprio reflexo a encarava do espelho. Os cabelos caíam mais de um lado. Ele, com a cabeça abaixada, mordia de leve seu ombro, por detrás dela. Os corpos pressionavam-se um contra o outro. Uma das mãos dele apertou-lhe o seio esquerdo com enorme força, fazendo-a fechar os olhos com intensidade e arquear os lábios sobre os caninos. Quando se recuperou da onda de calor e do arrepio, voltou a olhar para o espelho. Encontrou os olhos esverdeados dele a fitá-la fixamente. Tudo o que via no reflexo era seu corpo, até a faixa do umbigo, e, por trás de si, os olhos dele sobre seu ombro, seus braços que passavam por sua frente, beliscando uma ou outra parte de sua cintura, e suas pernas, por fora das suas próprias. As batidas da bateria e as cordas gritantes de guitarra berravam nas caixas de som. O quarto era envolvido em penumbra. Ele ergueu o rosto e mostrou o maxilar bem aberto, de dentes bem formados. Ela ergueu o cabelo, levou a mão esquerda dele a seu seio e o induziu a apertá-lo com...