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Ela olhou no relógio, impaciente, balançando o pé da perna cruzada, enquanto olhava pra TV, sem prestar atenção. Alguns minutos depois, olhou de novo no relógio: dez e meia da noite! Ah, não, agora já era demais. Levantou bruscamente e marchou até o quarto de Ana Paula, abrindo com força a porta: - Ana Paula, pelo amor de Deus! Que horas vamos sair?! São dez e meia, filha! Ana terminou de passar o rímel, correu para desligar a música que tocava alto, borrifou o perfume, se olhou uma última vez no espelho e enfim olhou pra mãe, sorridente: - Agora, vamos, vamos! Abraçou-a por trás enquanto a empurrava de volta para sala, dançando, brincalhona, mas Regina estava bem impaciente e andou dura até a cozinha, pegou a chave do carro e gritou: - Fernando, estamos indo! - Tchau, pai! - Ana Paula gritou. - Tchau, filha, boa festa! Regina revirou os olhos. Ele deveria reprovar isso tudo! Onde já se viu… Saindo de casa às dez e meia da ...