As flores.
O bosque era meio fechado, a claridade era envolta na penumbra. Cada uma delas se estirava a uma das cadeiras. A terceira espreguiçadeira servia de apoio para as toalhas, camisetas e um par de óculos-de-sol. A mais velha das duas meninas se ajeitou à sombra e abriu o livro, sendo assim empurrada à era medieval, de volta à corte de Artur, ouvindo os pensamentos de Morgaine le Fair . A mais nova se ajeitou de lado, com as pálpebras semi -cerradas e perguntou baixinho: - E se a gente dormir aqui? O que acontece? A mais velha soltou um riso de leve deboche e respondeu: - Ué , nada, a gente dorme, tonta. Sorriram. A mais nova adormeceu primeiro. Uns vinte minutos e quinze páginas depois, a mais velha caiu no sono verde também. As respirações eram rasas, sossegadas, farejavam o cheiro esverdeado de mato que tanto as rodeava. O sono foi leve, não havia sonhos. Foi tranquilo. O barulho constante de água da cachoeira ao pé do declive as embalava como uma canção de ninar. E, assim, dormiram...