Meu.

O barulho no apartamento era alto demais, o anfitrião talvez até recebesse uma multa por isso.
O ambiente, contudo, era delicioso.
Vozes animadas, clipes na TV e muita comida e bebida à mesa.
Já passavam das três da manhã, e seu organismo que ainda se comportava como o de uma criança clamava por uma cama.
Tinha, entretanto, o melhor travesseiro sob sua cabeça de olhos já fechados: o ombro direito dele.
O ouvido direito dela captava todo o som da festa, animada demais para aquela hora da madrugada na opinião dos vizinhos.
O esquerdo ouvia com carinho as batidas do coração dele sob a polo preta.
De cada lado da cabeça, um extremo: bagunça e tranquilidade.
O corpo que se fazia de cama para ela se mexia um pouco, suas cordas vocais vibravam com um tom divertido. Ao mesmo tempo, o braço direito dele a envolvia, acariciando suas costelas e espáduas.
O mais puro afeto a inundou. Ela o abraçou mais forte.
Sentia que... Não.
Ela sabia que, se quisesse, poderia dormir naquele ombro por todo o sempre, ele continuaria a acariciar suas costas e a protegê-la e, por vezes, beijar com cuidado sua testa.
Mais feliz do que há muito não se sentia, ela cochilou.

Sua,
Natália Albertini.

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