De novo, o ombro.

Estávamos na fila do caixa de um restaurante novo pra ele.
Eu ia à frente dele. E ai, no meio da conversa, ele, por trás de mim, passou um braço pela minha cintura e ventre.
O braço. O ombro onde apoiei a cabeça. O pescoço. E o cheiro... O cheiro.
Ele inteiro me segurava como se eu pudesse ser envolvida por inteiro, como se assim me dissesse que me protegeria de tudo. 
E ainda bem! Ainda bem... Porque, se ele não me segurasse daquele jeito, naquele abraço, meus joelhos me trairiam. A velocidade da Terra girando ia ser incrivelmente maior do que a minha capacidade de absorver tudo. Ele. Todo.
Como se as almas não estivessem juntas há mais de ano, ele me fazia sentir sempre nova. Sempre novos. Sempre.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os Três T's

O Punhal.

O Oceano.