Abraços Interrompidos.
Entremeio à explicação de algum exercício, senti algo se movendo em minhas costas. Voltei o rosto para trás e encontrei uma das garotas ajeitando o laço de minha blusa. - Something's wrong? - perguntei com um sorriso morno. A menina magricelinha, de cabelos escuros, curtos e lisos e olhos claros me olhou e meneou a cabeça, negando. Devolveu-me o singelo sorriso e, como que intuitivamente, estendeu os bracinhos ao alto e colocou as pequenas mãos em meus ombros. Minha vontade foi de virar-me completamente para ela, abaixar-me e envolvê-la com meus infinitos braços, abraçá-la até o fim dos tempos. Ela era a tradução perfeita da pureza e da inocência misturadas a certa malandragem. Ela era a tradução perfeita da palavra infância. Tive vontade de abraçar todos os meus cinco bebês (de sete e nove anos), morder-lhes e beijar-lhes até me sentir exausta. De pedir-lhes que, por favor, jamais crescessem. De lhes implorar que continuassem infinitamente assim: pequenos. E meus. Entro agora numa...