Cicatrizes de fogo.
Eu corria as fast as I could . Minhas coxas levavam chibatadas, quase não aguentavam mais. Eu corria, corria, corria. O suor me brotava na nuca, gelado de cansaço. E de medo. Eles estavam atrás de mim. DE MIM! E gargalhavam à minha volta, invisíveis no escuro denso. Meus pés começaram a falhar, mas a inércia ainda não era forte o suficiente para fazê-los parar. Forcei-os mais. As gargalhadas endemoniadas enchiam o ambiente invisível. Era como se eu estivesse vendada e eles rissem ao pé de meus ouvidos, muito próximos, me puxando pelos pulsos, me ordenando que eu ficasse. Os toques e puxões que eu recebia nos pulsos pareciam me queimar a pele. Meus olhos estavam arregalados, meu peito, arfante. Meu corpo pedia descanso, embora a corrente de adrenalina fosse gigante. Me perdia em desespero, pressa, agonia. ELES ESTAVAM EM VOLTA DE MIM, PRESTES A ME PEGAR. Um calor insuportável se alastrava, meu corpo parecia em chamas. Aquela temperatura altíssima e muito vermelha se espalhava pelo ...