Desequilíbrio.

Caminhava sem pressa, despreocupada, mas sem perder a postura. Segurava as duas alças da mochila preta de maneira frouxa. Tinha os olhos presos nos pés, vendo-os cruzar um na frente do outro.
Repentinamente levantou a cabeça, pois o cheiro familiarmente agradável da loja em frente chegara às suas narinas. Entretanto, neste ato, seu olhar também se levantou e acabou por deparar-se com uma figura surpreendente. A moça quase se desequilibrou, cruzando demais os pés, quando seus olhos bateram de frente com aquela figura de cabelos cor de ouro e meio despenteados, olhos fundos e claros, maxilar trincado, rosto quadrado de lábios e nariz finos, pele clara, mãos enfiadas nos bolsos dos jeans e ombros tão largos que faziam a camiseta azul escuro esticar. A figura a encarou, mas não de maneira tão profunda assim, já que passados dois ou três segundos ela percebeu que só estava olhando para um pôster de filme.
Abriu um pequeno sorriso, como que desprezando a si mesma pela imensa idiotisse. E pensar que por alguns segundos achou que aquele rapaz podia ser real. Até parece... Mas ainda assim, que susto aquele...

Ps.: um quinto de um daqueles já tava bom. x.x' Haha.
Natália Albertini.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os Três T's

O Punhal.

Uivos.