Verde, Vermelho, Preto.
Verde.
Vermelho.
Preto.
Verde.
Vermelho.
Preto.
A sequência das luzes coloridas se repetia, se alternava e se misturava freneticamente, às batidas da música ensurdecedora que fazia o chão da casa vibrar.
A moça tinha as voluptuosas pernas de fora, numa saia curta, e as costas à mostra, numa blusa propositadamente rasgada.
Balançava o corpo, dando ombradas brutas e cabeçadas violentas nas ondas de som, atingindo-as com força ao mesmo tempo em que as usava para embalar os membros de maneira graciosa.
Os olhos iam fechados, orgulhosos demais para encarar qualquer um. Os cabelos iam soltos e bagunçados, sendo revirados a cada movimento de cabeça. As mãos, aneladas.
De longe, ele, com os olhos, lhe ateava fogo, a via queimar sem piedade, em chamas altas.
Tomava os últimos goles da vodka pura e sentia a garganta arder em fogo, bem como ela ardia.
Passou a mão pelos negros e espessos cabelos e tomou passadas largas, decididas, imponentes.
Ela sentiu uma presença intimidadora se aproximando e abriu de súbito os olhos, encarando os dele rightaway.
Sem dizer palavra e sem um toque sequer, ele encontrou as batidas dela, e passaram a dançar em sincronia, agressivos e rudes.
Verde.
Vermelho.
Preto.
Verde.
Vermelho.
Ele a pegou pelo antebraço, apertando-a. As marcas de seus dedos ficariam ali por uns bons dias.
Ela sentiu-se bem com aquela dor.
Ele a empurrou escada acima, sem prestar atenção aos degraus que rangiam ao ritmo da música ensandecida, para o piso onde o número de pessoas era menor, mas não o volume das batidas.
Enfiou-a por uma porta pixada, vendo-se num banheiro mal ajeitado.
Trancou a porta atrás de si.
O corpo dela ainda se movia em sincronia com o som que entrava sem convite pelas brechas das paredes.
Ele a virou de costas, forçando-a contra a parede.
Ela não sorriu, mas os olhos não pediam parada tão imediata. Ajudou-o a apertar os próprios peitos.
Ele levantou sua saia e forçou os ossos de seu quadril contra os azulejos azuis, sentindo-a puxar com imensa força seus cabelos da nuca.
Vermelho.
Preto.
Natália Albertini.
Vermelho.
Preto.
Verde.
Vermelho.
Preto.
A sequência das luzes coloridas se repetia, se alternava e se misturava freneticamente, às batidas da música ensurdecedora que fazia o chão da casa vibrar.
A moça tinha as voluptuosas pernas de fora, numa saia curta, e as costas à mostra, numa blusa propositadamente rasgada.
Balançava o corpo, dando ombradas brutas e cabeçadas violentas nas ondas de som, atingindo-as com força ao mesmo tempo em que as usava para embalar os membros de maneira graciosa.
Os olhos iam fechados, orgulhosos demais para encarar qualquer um. Os cabelos iam soltos e bagunçados, sendo revirados a cada movimento de cabeça. As mãos, aneladas.
De longe, ele, com os olhos, lhe ateava fogo, a via queimar sem piedade, em chamas altas.
Tomava os últimos goles da vodka pura e sentia a garganta arder em fogo, bem como ela ardia.
Passou a mão pelos negros e espessos cabelos e tomou passadas largas, decididas, imponentes.
Ela sentiu uma presença intimidadora se aproximando e abriu de súbito os olhos, encarando os dele rightaway.
Sem dizer palavra e sem um toque sequer, ele encontrou as batidas dela, e passaram a dançar em sincronia, agressivos e rudes.
Verde.
Vermelho.
Preto.
Verde.
Vermelho.
Ele a pegou pelo antebraço, apertando-a. As marcas de seus dedos ficariam ali por uns bons dias.
Ela sentiu-se bem com aquela dor.
Ele a empurrou escada acima, sem prestar atenção aos degraus que rangiam ao ritmo da música ensandecida, para o piso onde o número de pessoas era menor, mas não o volume das batidas.
Enfiou-a por uma porta pixada, vendo-se num banheiro mal ajeitado.
Trancou a porta atrás de si.
O corpo dela ainda se movia em sincronia com o som que entrava sem convite pelas brechas das paredes.
Ele a virou de costas, forçando-a contra a parede.
Ela não sorriu, mas os olhos não pediam parada tão imediata. Ajudou-o a apertar os próprios peitos.
Ele levantou sua saia e forçou os ossos de seu quadril contra os azulejos azuis, sentindo-a puxar com imensa força seus cabelos da nuca.
Vermelho.
Preto.
Natália Albertini.
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