Aconselho você a escutar a música abaixo lendo o texto,a não ser que você queira escutar uma música sua,ou nenhuma(: -Pára.-ela o repreendeu,ofegante. Ele parou as mãos no fecho do sutiã dela,desgrudou a boca de seu pescoço e a olhou surpreso. -Por quê?-ele perguntou. -Porque...Eu acho que ainda não estou pronta.-ela murmurou,ruborizada, começando a desvencilhar uma de suas pernas dos quadris dele,saindo de seu colo e caindo deitada na cama. -Mas por que você deixou que nós chegássemos até aqui se você realmente não quer nada?-ele acusou-a com o tom de voz um pouco elevado e cheio da indignação masculinamente inata,enquanto se levantava bruscamente sem desviar o olhar dela. -Foi por impulso.-ela justificou,virando-se de lado.-Eu tenho a certeza de que te amo,acho que você é o primeiro que eu amo de verdade,mas... -Mas...?-indagou ele arqueando as sobrancelhas. -Eu sei que nos conhecemos faz tempo,somos bons amigos...Mas nós só estamos namorando há duas semanas,eu sou virgem e não ten...
Suas roupas estavam encardidas de vermelho, enquanto ele já nem mais as tinha. Ele estava deitado no chão, preso em posição desconfortável, amarrado pelas mãos e pelos pés. Ela percorria-lhe o corpo, faminta. Enfiava a mão de unhas roídas pela boca dele para facilitar o ato de lhe arrancar outro pedaço de língua. Sentava-se a seu lado como uma primata, mastigando aquele naco, satisfeita. Sentindo aquele gosto esponjoso esparramar-se por suas gengivas, emitindo o mesmo som de um leão que mastiga um veado. Voltava a agachar-se sobre aquele corpo já tão mutilado, reabrindo os cortes e enfiando a língua nos músculos já devorados. Seu pescoço, seus ombros, suas mãos e seus antebraços inteiros tinham aquele visco rubro escuro já seco. Ela por vezes lambia os próprios dedos. Ele tinha os olhos fechados, em profunda agonia, e o corpo berrando em derme aberta Ela já tinha ruminado boa parte de seu corpo e adorava sua expressão de sofrimento. Tomava mais visco numa taça longa. O sangue passava, ...
Desviou os olhos da página em branco, fechando, sem ter coragem de lançar um último olhar, o livro que tinhas em mãos: estava acabado. O que a preenchia agora era aquela sensação antagônica, inexplicável que se sucedia quando se terminava uma obra, qualquer que fosse. Deitou o amontoado de paginas a seu lado virado para baixo, incapaz de enfiá-lo de uma vez na bolsa, bem como olhar sua capa, o que, com certeza, provocaria irresistível vontade de começar a ler tudo de novo, só pelo prazer de reviver a trama. Alongou as costas, puxando os braços acima da cabeça, esticando a blusa que momentaneamente descobriu-lhe a cintura. Enquanto se encompridava, suas mãos tocaram algumas folhas do galho mais baixo da árvore em que se recostava. Tornou a cabeça para cima e dirigiu os olhos ao local de suas mãos, enxergando o que seus dedos não tinham visto: pontinhas pretas arroxeadas despontando do amontoado de verde. Não pôde impedir que o canto direito de sua boca subisse, formando um sutil sorriso...
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